III. CRIMES NO ESTADO DO PARÁ
    • BRASIL: CRIMES ATROZES NA AMAZÔNIA

    • I. ANTECEDENTES CONTEXTUAIS

    • II. VIOLÊNCIA CONTRA USUÁRIOS DE TERRAS RURAIS E SEUS DEFENSORES

    • III. CRIMES NO ESTADO DO PARÁ

    • IV. CRIMES CONTRA A HUMANIDADE: DIREITO E ANÁLISE

    • V. INTERESSE DA JUSTIÇA

  • SOBRE A PLATAFORMA
  • BAIXE A COMUNICAÇÃO ICC
  • ENSAIO FOTOGRÁFICO
  • INTRODUÇÃO
  • MASSACRE DE PAU D’ARCO
  • MASSACRE DE BAIÃO
  • ZÉ CLÁUDIO AND MARIA

Massacre de Pau D’Arco
Estado do Pará, 24 de Maio de 2017

Massacre de dez trabalhadores sem-terra

Na manhã de 24 de maio de 2017, dez usuários de terras rurais foram brutalmente assassinados durante uma operação realizada por policiais civis e militares dentro da fazenda Santa Lúcia. A polícia alegou estar cumprindo ordens judiciais para desocupar a área. Entre os mortos estava Jane Julia de Oliveira, a líder comunitária do assentamento. Em janeiro de 2021, o defensor de direitos fundiários Fernando dos Santos Araújo, testemunha-chave e sobrevivente do massacre em 2017, foi encontrado morto a tiro em sua casa no Estado do Pará. Ele havia testemunhado na investigação criminal sobre os assassinatos dos dez trabalhadores rurais que ocupavam as terras em Pau D'Arco, em 2017.

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De acordo com os sobreviventes, a polícia matou a tiros os homens e mulheres desarmados quando eles tentavam se abrigar e se esconder da chuva. Criamos uma linha do tempo audiovisual dos eventos usando testemunhos de um sobrevivente que vive atualmente sob o programa de proteção de testemunhas, relatos sobre a noite do ataque como lembrado por Manoel Ferreira, um líder comunitário que por sua vez fala em nome do assassinado Fernando dos Santos Araújo, e fotografias forenses usadas como prova no caso legal. Nós anonimizamos a voz da sobrevivente para proteger sua identidade.

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Diagrama do corpo forense dos tiros disparados contra os trabalhadores sem-terra. Os ferimentos de bala identificados nos cadáveres são compatíveis com o padrão 'double-tap', uma técnica de tiro comumente usada pela polícia brasileira.

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Segundo o exame forense de armas de fogo, as balas encontradas em pelo menos três cadáveres correspondem às armas fornecidas a dois dos policiais que fizeram parte da operação de 2017 na fazenda Santa Lúcia.

13 policiais (nove policiais militares e quatro policiais civis) foram acusados pelo Ministério Público de terem cometido os crimes de homicídio, tortura, associação criminosa e fraude processual no contexto do massacre de Pau D'arco. Iniciou-se um processo criminal, os policiais foram presos temporariamente, mas mais tarde libertados

Após quase cinco anos, o caso foi encerrado. Os supostos perpetradores foram liberados pelas autoridades judiciais e continuam a trabalhar como policiais. A investigação sobre os mandantes foi declarada inconclusiva.

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Os corpos dos trabalhadores sem-terra são movidos por policiais, em uma reencenação do crime pela Polícia Federal.

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O necrotério em Redenção onde os cadáveres foram entregues às famílias das vítimas de forma desumana mais de 30 horas após o massacre.

Em 7 de julho de 2017, apenas 40 dias após o massacre de Pau D'arco, Rosenildo Pereira de Almeida, um dos líderes do assentamento Santa Lúcia, foi assassinado por desconhecidos, após ter recebido inúmeras ameaças.

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Rosenildo Pereira de Almeida

Em 7 de julho de 2017, apenas 40 dias após o massacre de Pau D'arco, Rosenildo Pereira de Almeida, um dos líderes do assentamento Santa Lúcia, foi assassinado por desconhecidos, após ter recebido inúmeras ameaças.

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Fernando dos Santos Araújo

Em 26 de janeiro de 2021, Fernando dos Santos Araújo, um sobrevivente do massacre de Pau D'arco, foi assassinado em sua casa dentro da Fazenda Santa Lúcia em Pau D'Arco. O defensor de direitos fundiários era testemunha-chave no caso penal relativo ao massacre de Pau D'arco.

MASSACRE DE BAIÃO

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